Dicas

segunda-feira, 22 de junho de 2009

SÓ VOCÊ



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados a Autora®


Quando fecho meus olhos,
Quando vou dormir,
Quando desperto ainda sonolenta.

Mesmo sozinha e quieta,
Pensando em tudo e em quase nada
Enquanto todos fazem barulho a minha volta.

Quando a noite chega lenta sobre a cidade,
E tudo se transforma em luz e solidão.
Os pássaros já sumiram só as estrelas agora.

Quando somente a lua surge no céu bela e solitária.
Quando deixo a água do chuveiro imitar seu toque.
Sinto,vejo,percebo sua presença.
Você esta tão perto e tão longe.
Ao alcance de meus dedos, dentro de meu coração.
Protegido por meu amor, em cada passo que dá,
Preso, pois te quero somente meu.
Dominando cada recanto de meu ser.
Conquistando cada vez mais meu coração;

Quando fecho meus olhos,
Vejo seu rosto.
Quando vou dormir,
Te abraço,
Quando desperto ainda sonolenta.
Sussurro seu nome.

Mesmo sozinha e quieta,
Danço para você.
Pensando em tudo e em quase nada,
Estou com você dentro de minha mente.
Enquanto todos fazem barulho a minha volta.
Eu canto para você, só você ouvir.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

As roupas da cigana.


Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®


Um dia me vi nua e chorei de solidão.
Todas as minhas fraquezas estavam no espelho.
Vestia roupas, mas elas estavam lá me dizendo
Que estava nua.

Meu coração batia rápido e eu sabia que todos podiam me ver.
Nua de verdade e sonhos e de poder,
De sorrisos felizes e de prazer.
Havia só o espelho e a solidão.

As roupas nunca serviram e sempre esconderam,
O que deviam mostrar.
Tudo estava na minha cabeça.
E quando eu tentei te beijar
Você me disse: você esta nua.
Tentei me vestir e achei roupas velhas.
Roupas de uma cigana.
Estavam velhas e rotas.

Elas cobriram minha nudez
E ninguém podia ver minha dor, minha solidão, o seu adeus.
Todos me viam melhor.
Eu podia adivinhar e dançar.

Girava e cantava e a tristeza me deixou.
As roupas da cigana ficaram perfeitas,
Tornaram-se mais vermelhas, mais azuis.
Eu não estava mais nua.
No entanto, não conseguia mais me ver no espelho.
Agora eu era a cigana.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Paixão

Desenho-Stuart (Marcelo)

Todos os direitos reservados a Autora®

Forte e quente como o meio dia.
Doce e salgado.
Suave e áspero.

Quando a mente não consegue pensar,
Quando as roupas voam pelo ar e entre beijos e carícias,
O mundo gira nos braços de seu amante.
E não se pensa em mais nada a não ser se dá.
Os sentidos imperam.
O corpo lateja.

E pelo corpo corre uma febre,
Que não há remédio que cure,
E tudo caminha para o prazer.