Dicas

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Maçã, Você Gosta?



Às vezes, tudo que eu queria, é que fosse meu.
Como uma maçã,
A fruta do pecado original.
Morderia tua carne, teu corpo alvo,
Você é belo e suave.

É pura poesia.

Meu homem e brinquedo.
Minha cama e lençol.
Tudo e mais um pouco.
Nada e um restinho.

Sua boca me atiça,
O seu corpo me atrai de modo particular.
Dois extremos, dois sexo.
Um só desejo.

Possuir.

Incrivelmente desejável e limitado.
Presente e ausente,
Duas metades quase iguais de um mesmo desenho.
Lambidas e pegadas,
Sorrisos e fagulhas.

Água, fogo e terra.
Menino e homem, suave e delicado.
Peludo e liso.
Somos nós dois.
Deixa quieto, se não quer me possuir,

Eu não vou chorar, mas lamento silenciosa.
Tuas escolhas, tua sexualidade tão ativa.
Isso não eu lamento, só admiro.
Só te engrandece o carisma, o charme de macho.

Nas tuas pernas eu seria feliz.
No teu sexo encontraria a solução.
Na tua boca falaria sem palavras.
Nossas línguas sabem português.
Nossos corpos querem sexo.

Tudo se permite quando se tem a mente aberta.
Ah! Deixa quieto!
Eu posso imaginar, lá eu posso tudo.
Malvadamente, tudo.
E um pouco mais.
Deixa, deixa quieto.
Mas você gosta de comer maçã?

terça-feira, 21 de abril de 2009

A tristeza não pode ser uma constante.



(Menina com guarda chuva desenho de Nícollas Gólzio)

Cansada de ser eu mesma fugi para dentro de um livro muito interessante, Taikodom, Crônicas do Gerson Lodi Ribeiro. Ficção cientifica de primeira qualidade, Brazuca.
Yes nós temos ficção cientifica.

Lá no espaço, não escuto o eco dos meus pensamentos, as cobranças que sempre me faço, as criticas cruéis que aplico sem pena. Livro novo cheiroso, autografado.

Coisa muito chique que ganhei do meu anjo da guarda.
Fiquei na cama, motivos de saúde e um oportuno feriado para ficar doente. É engraçado, mas só adoeço nos feriados, e só chove do domingo para segunda. É odioso, logo na segunda que agente tem de trabalhar e não pode ficar na cama! Saco!

A tristeza não pode ser uma constante nem a solidão durar uma vida imortal. Nunca se apaixone por um vampiro!Ele vai comer seu coração e sugar seu sangue, bem, isso você já sabia.

Lá fora está frio e caem formigões do céu, chamam elas de Tanajura, um inseto vermelho e com odor estranho. Até minha gata tem medo deles.
Voltando para a cama, li o primeiro conto Point of k(no)w Return e o Despertar do físico. Adorei ambos, tem uns termos diferentes, mas a ficção compensa.

Às vezes preciso ouvir minha mente, longe do tec, tec do teclado.Ouvir um pouco de A-ha e dançar reggea para a tristeza não dominar. Aqui é meio deserto e só vejo nuvens com formatos variados.

A rotina me massacra e dentro do ônibus ouvindo música eu sei o que todo mundo fala, mas só vejo as bocas se movendo.

Pela janela a mesma paisagem, no celular suas mensagens me iludem. Dentro da realidade eu tenho de atravessar as ruas e continuar até o próximo sinal.

E lá dentro do aquário tudo precisa ser para ontem e mesmo assim eu nado como um peixinho querendo ser tubarão.

E tudo que sei, é que não deveria chover na segunda, nem existir dor nos feriados. E que a tristeza não pode ser uma constante.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Fome



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados a Autora®


Aqui em meu peito aberto, escarnado.
Meu coração não bate mais.

Vivo de horas intermináveis embaladas por seu silêncio.
Uma estranha sensação de saciedade e fome me domina.
Dois extremos.
Tudo já provei, mas nada me seduz plenamente.

Nada se compara ao gosto de sangue.
Ou o sabor de sua pele.
Quero sentir sua pele.
Seu cheiro faz meu coração bater.

Dentro de meus olhos existe um Oasis,
Na boca o inferno.
Um rio vermelho.
Em meus gestos, a dor.
Não sou a cura.
Sou a fome,
O alimento.
O prazer.

Pois nada resta quando a vida nos deixa.
Tudo permanece igual,
Inclusive meus pecados.
Minha nudez.
Meu peito aberto.
Minha fome.

domingo, 5 de abril de 2009

A sonhadora.



Gosto de acreditar que tudo posso. E nada devo. É um sentimento libertário.
Que me deixa feliz por saber que não existe limite que me detenham na forma nem no espírito.

Amo a muitos e não pertenço a ninguém. O meu coração é uma casa ampla, e confortável, cheia de recantos apaixonantes e somente um único morador.

Nos beijos que dou e recebo passo um pouco de mim mesma e fico sobre sua pele.
Na sua cama ficou meu perfume e em sua mente a lembrança do prazer.
Somos um, somos dois, somos três. O desejo é somente um e o gozo se divide nos sonhos.

Como disse gosto de acreditar na mulher que se esconde dentro de mim. Uma fêmea astuta e felina. Uma criatura poderosa e consciente de sua beleza e poder.
Ela se revelou para uns poucos afortunados e se escondeu diante da mediocridade de muitos.

Nada devo e tudo desejo, dentro da liberdade que minha individualidade permite. Santa e pecadora, anjo e demônio.
Amo meus amantes como se fossem meus amigos, isso faz tudo ficar mais doce e ligeiramente pecaminoso.

Minha mente é um labirinto perigoso. Caminhos sem saídas, saídas sem retorno. No centro um jasmineiro, uma serpente, uma cama onde habito envolta só com minha nudez. Alimento-me de pétalas de rosas rubras, maçãs, ambrosia. Bebo água do orvalho. Sou doce como uma fada e dolorosa como os espinhos selvagens.
Meu guardião é um centauro e suas setas estão ao meu serviço.

Nesse mundo mítico onde minha mente parece preferiu viver, entendo tudo e não aceito nada.
Gosto de acreditar que tudo posso. E nada devo. É um sentimento libertário.
Que me deixa feliz por saber que não existe limite que me detenham na forma nem no espírito. Pois sou o que minha natureza permitiu, mulher.