Fome
Por
Nazarethe Fonseca
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Aqui em meu peito aberto, escarnado.
Meu coração não bate mais.
Vivo de horas intermináveis embaladas por seu silêncio.
Uma estranha sensação de saciedade e fome me domina.
Dois extremos.
Tudo já provei, mas nada me seduz plenamente.
Nada se compara ao gosto de sangue.
Ou o sabor de sua pele.
Quero sentir sua pele.
Seu cheiro faz meu coração bater.
Dentro de meus olhos existe um Oasis,
Na boca o inferno.
Um rio vermelho.
Em meus gestos, a dor.
Não sou a cura.
Sou a fome,
O alimento.
O prazer.
Pois nada resta quando a vida nos deixa.
Tudo permanece igual,
Inclusive meus pecados.
Minha nudez.
Meu peito aberto.
Minha fome.
Um comentário:
Show Naz.
Amay.
;*
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