O Universo Sou Eu
Por
Nazarethe Fonseca
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Por minha pele correm rios,
Vales e mares.
Correm teus lábios.
Tua língua perversa,
A mesma que sussurra meu nome.
A infame que ousei afagar com a minha.
Por está pele macia vai naufragar,
Perder-se sobre a praia na curva de meu pescoço.
Caminhar entre meus seios e deitar-se na sombra de meu queixo.
Escorregar na curva de minha cintura,
Agarrar-se nos meus cabelos, deslizar por minhas nádegas.
Por minha pele correm tornados,
Despencam cachoeiras,
Vivem animais selvagens,
Morrem os tolos,
Sobrevivem os fortes.
Em minhas mãos de mulher vai sentir-se macho e viril,
Também sentirá dor e agonia.
Saudade e pesar.
Ansiará por mais e só te darei adeus.
O mesmo que me deu enquanto eu naufragava,
Quando tudo se desfazia em desejo e amor.
Pois sobre tua pele já fiz meu mundo.
Construí castelos e muros, que você mesmo fez ruir.
Hoje me tornei o universo.
2 comentários:
"Hoje me tornei o universo"!
Profundo.
Gostei muito. Gosto do seu jeito de se expressar.
;*
nossa... achei muito bonito.
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